domingo, 24 de julho de 2011

O Método não morreu

Katrina fez pós-graduação no inferno e contou que o orientador bam-bam-bam era um tal de Massa. Dizem que a educação afasta as pessoas das drogas e das atividades ilícitas, porém Massa foi até o pós-doutorado sem nunca ter abandonado o tráfico.

Katrina foi orientada pelo Padre B., um ex-exorcista que virou a casaca e mudou de lado. Seu único inconveniente era o dom da premonição, o que dificultava muito sua relação com o presente. “Se eu virar à esquerda, morrerei antes dos 60, se seguir em frente, serei responsável por uma morte daqui a 7 anos, voltando atrás, perco aquele prêmio que ganharei em 2027...” Em suma, um cara que entendia a complexidade das decisões simples do dia-a-dia. Desnecessário falar do conveniente que era sua capacidade de prever todos os resultados.

O restante do departamento usava a ajuda dos espíritos para encontrar as respostas, mas a burocracia era imensa, e mesmo assim dificilmente se entendia o que eles queriam dizer. Durante um mês inteiro de 2007 os espíritos deram como resultado apenas trechos de músicas dos Beatles. Os catedráticos viram naquilo uma nova tendência, de importância comparada apenas ao ready-made de Duchamp. Somente 7 meses depois descobriram que tudo não passou de uma tentativa de greve frustrada. Foi a última vez que um espírito tentou ser criativo no inferno, agora eles simplesmente param de trabalhar.

Existem coisas que só acontecem no inferno. Uma delas é o sorteio de bolsas, em bingos que acontecem no primeiro sábado do ano. Outra é que você não precisa retalhar toda a sua pesquisa pra caber no limite ridículo de 5 mil palavras se quiser que as pessoas tenham acesso à mesma. No entanto, todos os artigos são escritos em verso, incluindo as referências bibliográficas, que devem rimar.

E o Método, bem, é uma lenda, mas dizem que ele está lá em algum cômodo. Seu inferno é passar a eternidade escrevendo a frase “Nunca mais vou dizer que as ciências sociais não encontraram seu Galileu”. Mas há quem diga que já o viu na companhia de entidades positivistas, ainda na ativa, recitando A lógica da pesquisa científica para jovens demônios perdidos na vida. Seja lá como for, sua suposta morte já foi tema de inúmeras pesquisas. É que no inferno não precisa ter certeza...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Mané a Troá no SPA das Artes 2008

Na Semana de Artes Visuais, o Mané a Troá trouxe para você amante das artes invisíveis, mais uma fotonovela em formato lambe-lambe, colada em ruas do Recife Antigo (Rua da Guia, Rua da Moeda, Rua Tomazina e Rua Mariz E. Barros).

Quem perdeu, pode conferir agora. É só clicar aqui!

Personalidades do Mundo das Artes Invisíveis

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sábado, 26 de julho de 2008

Mané a Troá no Festival de Inverno de Garanhuns 2008

No Festival de Inverno de Garanhuns 2008, o Mané a Troá foi um dos selecionados pela Fundarpe para executar sua fotonovela “Nas ondas da traição”.

Da série “Amante Vilã”, a fotonovela saiu em formato lambe-lambe (112 cm por 76 cm) e dispôs de 6 partes, que foram expostas em 5 pontos diferentes da cidade.

O conteúdo da sexta parte ficou a cargo do público, que pôde interagir, escrevendo ou desenhando seu final.

Confira aqui fotos da produção.

Aqui, a fotonovela completa!

Nas Ondas da Traição

A fotonovela que faltava na sua cidade!

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